Fundação e Restauração da Ordem
Na História da Ordem Militar de São Sebastião, dita da Frecha, existem duas épocas distintas. A primeira é a época da sua fundação e efémera existência, realizada entre 1574-1576 até 1578. A segunda é a da sua restauração dinástica, efectuada em 1994.
Na primeira fase, a Ordem da Frecha ou Ordem Militar da Seta de S. Sebastião, como referem o Doutor Alexendre Ferreira, na sua obra História das Ordens Militares que houve no Reyno de Portugal, e Manuel de Faria e Sousa, na sua Europa Portugueza, foi instituída por El-Rei Dom Sebastião, pelo muito que era devoto do Santo patrono do seu nome, assumindo o carácter de uma Ordem Militar ou de Cavalaria, com o fim de defender a Fé e dilatar a Cristandade.
Assim atesta também um magnífico exemplar epigráfico situado num dos edifícios da antiga alfândega de Setúbal, onde juntamente com as insígnias das três ordens militares aparece a insígnia das três frechas alusiva a esta Ordem.
Neste sentido, meditemos no paralelismo que Alexandre Ferreira estabelece entre a fundação sebástica da Ordem da Frecha e as prévias fundações afonsinas da Ordem da Ala de S. Miguel e da Ordem da Espada de Santiago:
"E passando ao que me importa, digo, que prezo El Rey desta ideia da jornada de Africa, e penhorado da Setta de S. Sebastião, para gloria da empreza, a que se encaminhava, e lembrado de que seu antigo avô, El Rey D. Affonso o I, no glorioso sucesso de Santarem contra hum numero sem numero de Barbaros, capitaneados por El Rey de sevilha, instituira a Ordem da Ala, ou Aza de S. Miguel, para escrever com aquellas pennas as memorias do seu agradecimento, e voar com aquella Aza em gloriosos triunfos; e que El Rey D. Affonso o V, para continuar os gloriosos empregos, que lhe derão o nome de Africano, creara a Ordem da Espada de Santiago; e com estas honradas memorias creou a Ordem da Setta de S. Sebastião, espada segura para triunfar do contagio daquelles Barbaros, porque nas azas, com que voara, levaria a saude contra a peste da Infidelidade."
A segunda fase dá-se a partir de Janeiro de 1994, quando a Ordem é restaurada pelo Sereníssimo Senhor Dom Filipe, através de autorização expressa e poderes outorgados por seu Augusto Pai, o Sereníssimo Senhor Dom Alberto, Duque de Loulé, promovendo o seu registo junto a instâncias oficiais, mantendo, desde então, a denominação de Ordem Militar de São Sebastião, dita da Frecha. No dia 20 desse mesmo ano e mês (dia de S. Sebastião), celebrou-se uma Missa em honra do Santo Patrono e do Rei Fundador da Ordem, que veio a repetir-se na mesma data do ano seguinte.
Por Carta datada de 19 de Julho de 1999, o Duque de Loulé (Dom Alberto), confirma a autorização dada anos atrás a seu filho, Dom Filipe, para que procedesse ao registo e assegurasse o funcionamento da “Antiga Ordem de São Sebastião, dita da Frecha”, declarando expressamente “que ele [o Senhor D. Filipe] e os seus sucessores serão os perpétuos Administradores, como Representantes de um Ramo da Nossa Casa que está na primeira linha da Sucessão da Coroa de Portugal.” Este documento vem clarificar qualquer dúvida sobre a legitimidade da “Fons Honorum”, subjacente à restauração da Ordem (Ver James J. Algrant y Cañete, “El ‘Fons Honorum’”, in Revista Ibero-Americana de Heráldica, Colégio Heráldico de España y de las Indias, Madrid, nº 3, Janeiro de 1994, pp. 65-78).
Entre os anos de 1996 e 2003, a Ordem permanece dormente, até que, por Carta de 20 de Janeiro de 2004, o Sereníssimo Senhor D. Filipe reactiva a Ordem para premiar os merecimentos e com ela distinguir aqueles que mais se assinalem por Distintos Serviços ao Bem Comum e à sua Casa, dotando-a de novas disposições estatutárias.
A festividade da Ordem é celebrada anualmente em 20 de Janeiro, dia litúrgico do Santo Patrono (São Sebastião) e natalício do Rei e Grão-Mestre seu Fundador (Dom Sebastião).
Na primeira fase, a Ordem da Frecha ou Ordem Militar da Seta de S. Sebastião, como referem o Doutor Alexendre Ferreira, na sua obra História das Ordens Militares que houve no Reyno de Portugal, e Manuel de Faria e Sousa, na sua Europa Portugueza, foi instituída por El-Rei Dom Sebastião, pelo muito que era devoto do Santo patrono do seu nome, assumindo o carácter de uma Ordem Militar ou de Cavalaria, com o fim de defender a Fé e dilatar a Cristandade.
Assim atesta também um magnífico exemplar epigráfico situado num dos edifícios da antiga alfândega de Setúbal, onde juntamente com as insígnias das três ordens militares aparece a insígnia das três frechas alusiva a esta Ordem.
Neste sentido, meditemos no paralelismo que Alexandre Ferreira estabelece entre a fundação sebástica da Ordem da Frecha e as prévias fundações afonsinas da Ordem da Ala de S. Miguel e da Ordem da Espada de Santiago:
"E passando ao que me importa, digo, que prezo El Rey desta ideia da jornada de Africa, e penhorado da Setta de S. Sebastião, para gloria da empreza, a que se encaminhava, e lembrado de que seu antigo avô, El Rey D. Affonso o I, no glorioso sucesso de Santarem contra hum numero sem numero de Barbaros, capitaneados por El Rey de sevilha, instituira a Ordem da Ala, ou Aza de S. Miguel, para escrever com aquellas pennas as memorias do seu agradecimento, e voar com aquella Aza em gloriosos triunfos; e que El Rey D. Affonso o V, para continuar os gloriosos empregos, que lhe derão o nome de Africano, creara a Ordem da Espada de Santiago; e com estas honradas memorias creou a Ordem da Setta de S. Sebastião, espada segura para triunfar do contagio daquelles Barbaros, porque nas azas, com que voara, levaria a saude contra a peste da Infidelidade."
A segunda fase dá-se a partir de Janeiro de 1994, quando a Ordem é restaurada pelo Sereníssimo Senhor Dom Filipe, através de autorização expressa e poderes outorgados por seu Augusto Pai, o Sereníssimo Senhor Dom Alberto, Duque de Loulé, promovendo o seu registo junto a instâncias oficiais, mantendo, desde então, a denominação de Ordem Militar de São Sebastião, dita da Frecha. No dia 20 desse mesmo ano e mês (dia de S. Sebastião), celebrou-se uma Missa em honra do Santo Patrono e do Rei Fundador da Ordem, que veio a repetir-se na mesma data do ano seguinte.
Por Carta datada de 19 de Julho de 1999, o Duque de Loulé (Dom Alberto), confirma a autorização dada anos atrás a seu filho, Dom Filipe, para que procedesse ao registo e assegurasse o funcionamento da “Antiga Ordem de São Sebastião, dita da Frecha”, declarando expressamente “que ele [o Senhor D. Filipe] e os seus sucessores serão os perpétuos Administradores, como Representantes de um Ramo da Nossa Casa que está na primeira linha da Sucessão da Coroa de Portugal.” Este documento vem clarificar qualquer dúvida sobre a legitimidade da “Fons Honorum”, subjacente à restauração da Ordem (Ver James J. Algrant y Cañete, “El ‘Fons Honorum’”, in Revista Ibero-Americana de Heráldica, Colégio Heráldico de España y de las Indias, Madrid, nº 3, Janeiro de 1994, pp. 65-78).
Entre os anos de 1996 e 2003, a Ordem permanece dormente, até que, por Carta de 20 de Janeiro de 2004, o Sereníssimo Senhor D. Filipe reactiva a Ordem para premiar os merecimentos e com ela distinguir aqueles que mais se assinalem por Distintos Serviços ao Bem Comum e à sua Casa, dotando-a de novas disposições estatutárias.
A festividade da Ordem é celebrada anualmente em 20 de Janeiro, dia litúrgico do Santo Patrono (São Sebastião) e natalício do Rei e Grão-Mestre seu Fundador (Dom Sebastião).